VERÔNICA SE VICIA NO AMOR E É DESCOBERTA

Neste período eu me tornei viciada em amor e cada vez fazíamos mais, mais até a exaustão e as nossas pernas não mais agüentarem ficar de pé. Era uma loucura total!
O maior perigo é perdemos o medo, pois às vezes ele nos protege. Com tanta atividade assim o nosso cérebro derreteu e vários vacilos começamos a cometer, o perigo não era tão perigoso assim. Além disto, os dias que Tavares iria trabalhar











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Se aproximavam, então eu seria Dona Carol, senhora Carol. Eu sonhava com isto a cada VEZ QUE RESPIRAVA; EU PERTENCERIA A UM VERDADEIRO HOMEM GENTIL E AMOROSO. Certo dia ao sair da lavagem de roupa fui seguida por uma das maiores fuxiqueiras que ali trabalhava, mas dormente pelo desejo não percebi nada. As margens do Bodocongó, lado leste próximo a uma fonte nas pedras lá existente nos encontramos. Tínhamos que ser rápidos, pois a dor de barriga que fingia ter sempre para me afastar da turma não podia durar muito para não gerar desconfiança. Ao chegar no lugar Tavares estava a me esperar e sem analisarmos o ambiente começamos nosso intenso ato prazeroso e delirante que me levava as estrelas. Em pleno delírio de amor, aonde toda mulher chega às margens da loucura eu me derretei em águas quentes de amor e o suor descia pelo meu rosto e eu torcia o resto de roupa que ainda estava sobre me agüentasse o “Rojão” que estávamos tendo naquele momento. Seria o sexo o portal das estrelas? Acho que sim, pois todas as vezes que fazia eu viajava entre as mais distantes constelações do universo. Sempre no final eu deixava escapar um “grunido” alto que era retido com a mão na minha boca para toda cidade não ouvir.










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Eu não sabia por que algo tão gostoso era tão proibido principalmente para nós mulheres. Em meu delírio e grito final “desabo” ao chão entre as folhas sem forças para ficar de pé e quando olho ao redor dele estava: Mariquinha que assistia assustada ao nosso prazer. Saie correndo atrás dela para falar-lhe:
- Mariquinha espere, por favor, Não conte nada a ninguém, por favor!
- Dor de barriga em? Você estava “chamegando” não é?
- Por favor, nós vamos nos casar daqui a alguns meses. Não conte a ninguém, por favor, Mariquinha.
- Ta bom, mas todo segredo tem um preço. Você terá que lavar as minhas roupas também!
- Ta certo. Mas você me promete que ninguém irá saber?
- Prometo!
Fiquei pensando o que Mariquinha tinha com a minha vida, ela não era parente minha, nem tinha nenhum vinculo comigo, mas o segredo que ela sabia me fazia tremer de medo. Passei a lavar as roupas dela também e a me encontrar menos com Tavares. Era tanta roupa que eu tinha que lavar que as minhas cos-







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Tas não agüentavam mais e as vezes que eu e Tavares nos encontrava diminuiu muito. Mariquinha chegava a me humilhar quando eu não lavava bem as suas roupas e eu tinha que agüentar tudo calada. Existem pessoas que parecem com urubus, querem sempre nos devorar e para isto desejam apenas um tema, uma desculpa. Eu sonhava com a hora que Tavares me assumisse perante o meu pai e fossemos morar em qualquer lugar longe daquelas fofoqueiras. Os dias se passaram e as roupas trazidas por Mariquinhas aumentavam cada vez mais. Ela chegava deixava as roupas e ia embora voltando horas depois para buscá-las secas. Mulher fala muito e com isto pode ser uma qualidade ou um defeito vai depender como e de quem elas falam. Levando roupas como uma louca as mulheres começaram a falar sobre sexo quando uma delas disse que eu não poderia ouvir aquelas conversas e a outra respondeu que eu sabia de sexo bem mais que elas todas juntas.
- Ela sabe mais do que a gente sobre homem viril!
- O que foi que você disse?
- Meu bem você não é mais virgem todo mundo já sabe. Há, há, há!
- Não se preocupe as nossas bocas é um túmulo.
- Agora filha, parece que alguém está comendo da sua fruta também







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Preste atenção!

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